Seu objetivo: entender o
que é sujeito e também os tipos de sujeito.
Sujeito:
é o responsável pela ação descrita pelo verbo da oração.
Exemplo 1: “Eu dancei ontem”. Quem realizou a ação
de dançar? Resposta: eu. Portanto, o
pronome “eu” é o sujeito da oração.
Exemplo 2: “João e Maria viajaram para longe”. Quem
realizou a ação de viajar para longe? Resposta: “João e Maria”. Portanto, “João
e Maria” é o sujeito da oração.
Exemplo 3: “O dono do Fusca azul está pedindo ajuda”.
Quem realizou a ação de pedir ajuda? Resposta: “o dono do Fusca azul”.
Portanto, “o dono do Fusca azul” é o
sujeito da oração.
Exemplo 4: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de
um povo heroico o brado retumbante”. Quem foi que ouviu o brado retumbante
de um povo heroico? Resposta: as margens
do Ipiranga. Portanto, “as margens do
Ipiranga” é o sujeito da oração.
Núcleo
do Sujeito: é a principal palavra do sujeito (aquela que guarda todo
o seu significado).
Exemplo
1: O sujeito da oração “o dono
do Fusca azul está pedindo ajuda” é “o
dono do Fusca azul” e o núcleo desse sujeito é “dono”. As outras palavras
apenas são características do “dono” (do
Fusca azul). O núcleo é aquela
palavra capaz de substituir o sujeito inteiro. Não podemos entender que “o Fusca está pedindo ajuda” nem que “o azul está pedindo ajuda”, mas podemos
entender que “o dono está pedindo ajuda”.
Portanto, “dono” é o núcleo do sujeito.
Exemplo
2: Se o sujeito for “João e
Maria”, então o sujeito possui dois núcleos: “João” e “Maria”, já que ambos
são centrais e decisivos para o significado do sujeito.
Exemplo
3: Na oração “os atores
profissionais e algumas pessoas da plateia pediram silêncio”, o sujeito é “os
atores profissionais e algumas pessoas da plateia”. Esse sujeito tem
dois núcleos: atores e pessoas. As outras palavras apenas os caracterizam.
Classificação
dos Sujeitos: o sujeito pode ser classificado em: simples, composto, implícito, indeterminado,
inexistente.
Sujeito
Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. Exemplos: “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda”,
“João está perdido”, “a plateia aplaudiu forte”.
Sujeito
Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Exemplos: “Paulo e Ana
estão perdidos”, “o apresentador e os telespectadores estão ansiosos pela chegada do convidado”.
Sujeito
Implícito: é aquele que foi omitido da oração, mas pode ser
encontrado pela conjugação do verbo. Exemplo:
“Comprei um par de camisas”. Quem
comprou um par de camisas? Resposta: “eu”,
porque o pronome “eu” é o único que
conjuga o verbo “comprar” como “comprei”.
Outros nomes para o sujeito implícito: sujeito desinencial, sujeito
oculto, sujeito elíptico, sujeito subentendido (é tudo a mesma
coisa, não se preocupe).
Observação: se o verbo
estiver conjugado na 3ª pessoa do plural (disseram,
viram, falaram, dançaram, etc) e o sujeito não aparecer, então o sujeito
não será classificado como implícito, mas sim como indeterminado (veremos mais adiante).
O sujeito simples, o sujeito composto e o sujeito oculto são sujeitos determinados, já que eles existem e podem ser
identificados.
Sujeito
Indeterminado: é aquele que existe, mas não pode ser identificado.
Ele ocorre em dois casos:
1) Verbos conjugados na terceira pessoa do plural. Exemplo: “Falaram mal de você”. Quem é que falou mal de você? Resposta: não
sabemos. O sujeito existe, mas não pode ser identificado porque o verbo “falar”
está conjugado na terceira pessoa e o sujeito que o conjuga não aparece na
oração.
Antes que você pergunte:
Não é pelo fato de aparecer o verbo conjugado na 3ª pessoa do plural que o sujeito
será sempre indeterminado. Não esqueça que o sujeito não pode aparecer (apenas
o verbo aparece). Exemplo: “Os vizinhos falaram mal de você”. O
sujeito é “os vizinhos”, mesmo o verbo estando conjugado na 3ª pessoa. Para o
sujeito ser indeterminado, o sujeito não pode aparecer com o verbo (somente o
verbo aparece). Exemplo: “falaram mal de você” (sujeito
indeterminado).
2) Verbos conjugados na terceira pessoa do singular
acompanhados do “SE” (antes ou depois do verbo). Exemplos: “precisa-se de cozinheiros”, “aluga-se”, “aqui se vive bem”. Em
todos esses exemplos, os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular
(ele precisa, ele aluga, ele vive) e
estão acompanhados do SE, indeterminando o sujeito das orações. Portanto, em
cada uma dessas orações o sujeito é indeterminado.
Observação: nesses casos, o
pronome “SE” é chamado de índice de
indeterminação do sujeito.
Sujeito
Inexistente: o sujeito não existe na oração, provocando a oração sem sujeito. Isso acontece nos
seguintes casos:
1) O sujeito é inexistente quando o verbo expressa
fenômenos da natureza. Exemplos:
“Anoiteceu ontem”, “está chovendo muito”, “nevará amanhã”, “ventou muito
durante a noite”.
Antes que você pergunte: se
esse tipo de verbo for usado em outro sentido (ao invés do sentido original),
então poderemos determinar o sujeito. Exemplo:
“Choveram relatórios em minha mesa”.
O sentido da palavra “chover” foi alterado (não caiu água em cima da mesa, mas
sim relatórios). Então, o sujeito é “relatórios” (relatórios choveram em minha mesa). Sujeito simples.
2)
Verbo FAZER indicando tempo decorrido. Exemplo:
“Faz duas horas que eu estou na fila”. O
sujeito da primeira oração (Faz duas horas) é inexistente.
3)
Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou então indicando existência. Exemplo 1:
“Estou na fila há duas horas” (o sujeito da oração “há duas horas” é
inexistente). Exemplo 2: “Há vinte alunos na sala”. O verbo “haver” tem o mesmo
sentido de “existir”. Por isso, o sujeito é inexistente (oração sem sujeito).
Esses verbos são chamados de verbos
impessoais (eles provocam a oração
sem sujeito).
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Parabéns! O conteúdo esta de fácil compreensão
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