Seu objetivo: entender os
tipos de orações subordinadas adjetivas.
Orações
Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjunto
adnominal da oração principal.
Exemplo:
“A manteiga sobre a mesa está vencida”. A expressão “sobre a mesa” é um adjunto adnominal, ou seja: é um termo acessório. Se
você retirá-lo da oração, você continuará entendendo a mensagem principal: “a manteiga está vencida”. Agora, se eu
trocar “sobre a mesa” por uma oração
qualquer, então essa oração será uma oração
subordinada adjetiva, já que ela passará a funcionar como adjunto
adnominal. Ela poderia ser: “a manteiga que você está comendo agora está
vencida”. A oração “que você está
comendo agora” está funcionando como um adjunto adnominal da oração
principal. Logo, “que você está comendo agora” é uma oração subordinada adjetiva.
As orações subordinadas adjetivas podem ser classificadas como restritivas ou explicativas.
OSA
Restritiva: é aquela que restringe o sentido e, portanto, não vem
separada por vírgula e por nenhum outro sinal de pontuação (ela se liga
diretamente à oração principal).
Exemplo 1: “Estudei numa escola de muros azuis”. A expressão “de muros azuis” é um adjunto
adnominal. Se eu usar uma oração no lugar da expressão “de muros azuis”, então
essa oração será do tipo subordinada adjetiva, como por exemplo: “estudei numa escola que tinha muros azuis”. Como a oração restringe o sentido da
escola (ou seja: eu não estudei em qualquer escola, eu estudei especificamente
na escola que tinha muros azuis), essa oração será subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2: “O cachorro comeu o trabalho que João fez”. A expressão “que
João fez” funciona como um adjunto adnominal e restringe o sentido da oração
principal: o cachorro comeu especificamente o trabalho que o João fez; não foi
qualquer outro trabalho. Então, a oração “que João fez” é uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 3: “A caneta que você me vendeu está sem tinta, seu desgraçado”. A expressão
“que você me vendeu” é uma oração
subordinada adjetiva restritiva (seguindo a explicação dos exemplos
anteriores).
OSA
Explicativa: é aquela que explica algum termo que foi usado antes e,
por isso, vem separada por vírgula (ou parênteses, ou travessão).
Exemplo:
“O cachorro, que é considerado o melhor
amigo do homem, mordeu de novo o pé de Jarbas”. A expressão “que é
considerado o melhor amigo do homem” explica o termo anterior (“cachorro”),
funcionando como adjunto adnominal. Portanto, essa oração é uma oração subordinada adjetiva explicativa,
já que todo cachorro é considerado o melhor amigo do homem. Veja que, por isso,
a oração aparece entre vírgulas.
Importante: o principal aspecto na questão da
classificação das orações subordinadas adjetivas é interpretar o impacto da
ausência ou da presença de pontuação no sentido da oração. Se a oração
substantiva adjetiva não for pontuada, então ela será explicativa. Caso contrário,
ela será restritiva.
Exemplo 1:
“Os alunos que fizeram bagunça na aula foram reprovados”. A oração não
está destacada por vírgulas ou por outro tipo de pontuação. Então ela é uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Isso significa dizer que ela restringe o sentido da oração principal, ou seja:
estou dizendo que quem foi reprovado foram os alunos que fizeram bagunça.
Exemplo 2:
“Os alunos, que fizeram bagunça na aula, foram reprovados”. Agora, com o
uso da vírgula, a oração é classificada como subordinada adjetiva explicativa. Isso quer dizer que todos os
alunos fizeram bagunça e que todos os alunos foram reprovados.
Exemplo 3:
“Os candidatos que foram aprovados serão entrevistados”. A oração substantiva
adjetiva é restritiva (não usa vírgula), portanto entendemos que somente os
candidatos aprovados serão entrevistados.
Exemplo 4:
“Os candidatos, que foram aprovados, serão entrevistados”. A oração substantiva
adjetiva é explicativa (usa vírgula), portanto entendemos que todos os
candidatos foram aprovados e todos os candidatos serão entrevistados.
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