Gramática On-line: Análise Sintática (parte 10) – Aposto e Vocativo


Seu objetivo: entender o que é aposto (e seus tipos) e entender o que é vocativo.

Aposto: é uma expressão que esclarece o sentido de algum termo que apareceu anteriormente, ou então retoma os termos anteriores resumindo-os numa única expressão. O aposto geralmente aparece entre vírgulas ou depois de dois-pontos.

Exemplo 1: “Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, fica às margens do rio Guaíba”. A expressão que está entre vírgulas esclarece o termo anterior (Porto Alegre), dando um detalhe a mais, acrescentando uma nova informação que tem o caráter explicativo (é um aposto explicativo).

Exemplo 2: “Ele só queria saber de uma coisa: férias”. A palavra “férias”, que aparece depois dos dois-pontos, tem o sentido explicativo, ou seja: é um termo que explica o sentido do que foi dito anteriormente. Logo, é um aposto explicativo.

Exemplo 3: “Ele foi à papelaria e comprou: lápis, borracha, papel, apontador e caneta”. Tudo o que aparece depois dos dois-pontos tem o objetivo de explicar o que foi dito anteriormente. Porém, essa explicação é na forma de enumeração de termos. Então, é um aposto enumerativo.

Exemplo 4: “Chocolate, bombom, doces, salgadinhos, enfim, tudo isso engorda”. A expressão “tudo isso” resume tudo o que foi dito anteriormente, resumindo todos os termos anteriores numa expressão só. Logo, é um aposto resumitivo.

Aposto Especificativo: também chamado de “apelativo” ou “denominativo”, é o tipo de aposto que não aparece entre vírgulas e é muito parecido com o adjunto adnominal. A diferença é que o aposto especificativo especifica o nome de algo ou de alguém.

Exemplo 1: “A cidade do Rio de Janeiro é boa”. Nesse caso, a expressão “do Rio de janeiro” está indicando o nome da cidade. Logo, é um aposto especificativo.

Exemplo 2: “O clima do Rio de Janeiro é bom”. Nesse caso, a expressão “do Rio de Janeiro” não é o nome do “clima”. Portanto, “do Rio de Janeiro” não é aposto, mas sim é um adjunto adnominal. 

Vocativo: é o termo que indica um “chamamento”, ou seja, se refere à pessoa com que se fala e sempre aparece com vírgula.

Exemplo 1: “João, sente-se aqui”. Alguém está se dirigindo ao João. Logo, João é o vocativo (observe que usamos vírgula).

Exemplo 2: “É você que está aí, Ronaldo?” Alguém está se dirigindo ao Ronaldo, fazendo uma pergunta a ele. Logo, Ronaldo é o vocativo (veja que ele aparece depois da vírgula). 


Exemplo 3: “Veja, minha linda, como a lua está bonita!”. Alguém está falando com a “minha linda”. Logo, “minha linda” (entre vírgulas) é um vocativo. Cuidado para não confundir com o aposto (que também aparece entre vírgulas). 

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